quarta-feira, 7 de março de 2012

Pegadas aprisionadas.

Não vejo as tuas pegadas
nem escuto os teus passos,
pois és feito de silêncio
e de invisibilidade.


O real não é a medida
da nossa percepção.


Eu creio no que não vejo,
no que não ouço, nem toco.


Os sentidos me apequenam
e a razão me aprisiona,
o corpo me faz mortal.


Tempo e espaço são o cárcere
do prisioneiro ilusório.


Quem crê em suas paredes,
não pode ver o infinito.
(Valter da Rosa Borges)





Sem comentários:

Enviar um comentário