sábado, 15 de novembro de 2014

Peto-verde (Picus viridis)_Juvenil #1

Nos próximos dias vou publicar uma série de fotos que fiz em Junho de 2013 do Peto-verde (Picus viridis).
Durante vários dias em muitas horas de espera, fui acompanhando, à distancia, o desenvolvimento das crias num ninho feito num buraco de uma árvore.
Algumas fotos ficam muito a desejar, mas foi o possível, tendo em conta a necessidade de guardar a distancia necessária para não perturbar nem as crias nem os progenitores.


O Peto-verde é o pica-pau de maiores dimensões da nossa avifauna. É uma espécie associada a meios florestais e agro-florestais sendo mais comum no Norte e Centro-Oeste do País. Tem a particularidade de se alimentar sobretudo no solo.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O Peto-verde (Picus viridis) é um pica-pau facilmente identificável nas nossas paragens, em virtude de ser o único que apresenta uma tonalidade geral de cor verde. As partes superiores são de cor verde ou esverdeadas e o uropígio é amarelo, o que é facilmente visível em voo. A coroa é vermelha e os olhos são envoltos por uma espécie de máscara preta. As aves de ambos os sexos são muito semelhantes, diferindo os machos sobretudo por apresentarem o centro do “bigode” de cor vermelha. A subespécie que nidifica na Península Ibérica (ssp. sharpei) não apresenta praticamente preto na cabeça, sendo os olhos envoltos por uma mancha cinzenta-escura. O “bigode” é quase todo vermelho sendo apenas rodeado por preto na parte inferior.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
O Peto-verde apresenta uma distribuição restrita às zonas climáticas boreal, temperada e mediterrânica do Paleárctico Ocidental. Em Portugal é uma espécie mais comum na metade Norte e Centro-Oeste da sua área de distribuição. Na Península Ibérica as densidades médias desta espécie decrescem desde as zonas eurosiberianas até às termo-mediterrânicas, mais a Sul. Em algumas áreas, esta espécie pode apresentar algumas oscilações populacionais que podem estar associadas à variação do rigor dos Invernos.

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
A nível europeu as populações desta espécie têm sofrido um declínio moderado nas últimas três décadas. As principais causas apontadas são a redução de locais para a construção dos seus ninhos, destruição de habitat e diminuição das disponibilidades alimentares. A identificação destes problemas contribuíram para que a espécie fosse englobada na categoria SPEC 2 (SPEC corresponde a Species of European Conservation Concern – espécies que suscitam preocupações de conservação a nível europeu). Em Portugal apresenta o estatuto de espécie “Não Ameaçada”.

* Info: Naturlink