quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Marcas do tempo


"Alguns barcos abandonados no cais do porto,
marcas estampadas nas velhas embarcações,
lembranças de tempos passados no silêncio morto,
o vento sibilante corta o vazio como uma canção.

Expostos aos ventos do sul e ao calor do norte,
às tempestades de verão e até à morte.
Recordações de viagens maravilhosas,
noites de angústia em tempestades tenebrosas.

Hoje procuro teus comandantes e capitães!
onde estão os marinheiros do teu convés?
perderam-se nas neblinas das manhãs,
ou fugiram como hienas infiéis,
perderam-se nos caminhos e nas miragens,
ou descansam humilde debaixo dos nossos pés?

O homem tem a mesma trajectória das velhas embarcações,
escreve o presente na história e é abandonado pelo tempo."
(Paulo Roberto Avelino de Oliveira)



2 comentários:

  1. Podias ter-te baixado e recortar o barco no céu. Assim o segundo plano confunde um pouco. Claro que também ajuda a contextualizar o local, mas há demasiada sobreposição.

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  2. Obrigado Nuno.
    Sim, podia e até tenho por cá outra do género que falas.
    Preferi esta para "facilitar" a interpretação e também para dar "suporte" ao texto.
    Além disso, o objectivo era o de permitir que a mensagem, quer do texto quer da foto em si, seja mais facilmente entendida!

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