quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A descansar entre escoras.

Alguns barcos abandonados no cais do porto,
marcas do estampadas nas velhas embarcações,
lembranças de tempos passados no silêncio morto,
o vento sibilante corta o vazio como uma canção.

Expostos aos ventos do sul e ao calor do norte,
as tempestades de verão e até a morte.
Recordações de viagens maravilhosas,
noites de angustia em tempestades tenebrosas.

Hoje procuro teus comandantes e capitães!
onde estão os marinheiros do teu convés?
perderam se nas neblinas das manhãs,
ou fugiram com hienas infiéis,
perderam-se nos caminhos e nas miragens,
ou descansam humilde debaixo dos nossos pés?

O homem tem a mesma trajetória das velhas embarcações,
escreve o presente na história e é abandonado pelo tempo.
(Paulo Roberto Avelino de Oliveira)


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